Gênero e Sexualidade no 7º Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas em Saúde
O prazo para submissão de resumos nos GTs do 7º Congresso Brasileiro de Ciências
Sociais e Humanas em Saúde é até dia 30/05 às 21h no site www.cshs.com.br. O
congresso acontecerá em Cuiabá (MT), de 09 a 12 de outubro.
Veja a seguir a ementa do GT 22: Ativismos interseccionais em gênero, sexualidade e
saúde
O GT pretende reunir trabalhos que articulem as temáticas de gênero, sexualidade e
saúde, nas formas contemporâneas de ativismo, seja na constituição de movimentos
sociais, na realização de protestos com fins variados, ou em engajamentos individuais.
Justificativa: Nos últimos anos, algumas mudanças no cenário político incrementaram a
discussão em torno das temáticas de gênero, sexualidade e saúde. O aumento de
coletivos ou perspectivas feministas em distintas lutas sociais (a exemplo, das práticas
ciberativistas) fizeram analistas caracterizarem o momento no Brasil como uma
“primavera feminista”. Ao mesmo tempo, o avanço de pautas conservadoras, tanto em
espaços institucionais como na mídia e nas redes sociais da internet, vem definindo o
pleito LGBT como “o grande inimigo da nação”. Essas duas bandeiras de luta vêm
mirando uma gama mais ampla de direitos e políticas sexuais (aborto, educação sexual
nas escolas, HIV/Aids etc.). A esse cenário, soma-se o atual decréscimo do
financiamento estatal das ONGs e suas consequências desestabilizadoras, assim como o
desgaste dos canais de interação socioestatais. Por último, observa-se que temas
variados e complexos como medicalização, qualidade de vida, patologização de
identidades sociais; saúde como direito social; acesso e qualidade da atenção à saúde
(na rede pública e privada); divulgação científica, entre outros fatores, se
interseccionam em distintos campos de pesquisa e contextos sociais. Objetivos: 1)
entender como as temáticas de gênero, sexualidade e saúde tem sido incorporadas e
articuladas nas formas contemporâneas de ativismo; 2) aprofundar o conhecimento do
processo de institucionalização/desinstitucionalização da luta política nos campos do
gênero, sexualidade e saúde; 3) explorar as multiplicidades de expressões, dispersões e
recorrências das práticas (movimentos) ciberativistas; 4) compreender as matrizes
teóricas, políticas e metodológicas das práticas (movimentos) ciberativistas; 5) explorar
as intersecções de “lutas políticas” com temas como medicalização, direitos humanos,
divulgação científica, serviços de saúde, “identidades biológicas”, biopoder, entre
outros.
Coordenadores: Mario Felipe de Lima Carvalho (IMS/UERJ); Claudia Carneiro da
Cunha (IMS/UERJ); Tatiana Lionço (IP-UnB)