Defesa Thauany

VISIBILIDADE LÉSBICA - 29/08

Atualizada em 29/08/24 19:27.

Com muito orgulho, no dia 29/08, celebramos o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica!!

O Ser-Tão, que em 2024 comemora dezoito anos de existência, vem celebrar a diversidade, força e redes de afeto entre as mulheres lésbicas, em toda a sua pluridiversidade. Entendemos que as experiências de lesbianidades ultrapassam a orientação sexual, contemplando a intersecção entre identidades, performances, vivências e lutas cotidianas contra a discriminação lesbofóbica.

Ao longo de sua atuação, o Ser-Tão buscou construir a visibilidade de diferentes narrativas e trajetórias singulares de lésbicas negras, indígenas, de diferentes gerações e origens. O pensamento lésbico feminista tem demonstrado que não há uma experiência única das lesbianidades, mas um grande caleidoscópio de experiências e histórias que se entrecruzam e fortalecem a pauta da visibilidade lésbica.

Buscando honrar nosso compromisso com a visibilidade e o combate ao silenciamento frequentemente imposto às mulheres lésbicas nos diferentes campos é que compartilhamos alguns trabalhos recentes e em desenvolvimento no âmbito do Ser-Tão, na Faculdade de Ciências Sociais.

Visibilidade lésbica e LGBTQIA+ nos meios audiovisuais: uma proposta didática com o uso de filmes

Este é o título do trabalho de conclusão de curso de Licenciatura em Ciências Sociais, de Thauany Amélia Umbelino, sob orientação da Profª. Marcela Amaral. Propondo refletir sobre a ausência de referências lésbicas em materiais didáticos, Thauany desenvolveu um projeto de intervenção utilizando obras audiovisuais com potenciais educacionais e didáticos para abordar questões relacionadas a gênero, sexualidade e educação em aulas de sociologia na educação básica.

Além da revisão bibliográfica, na pesquisa foram analisadas obras audiovisuais e elaborados planos de aula com o uso dos filmes estudados. Para Thauany, os recursos audiovisuais têm um grande potencial para a abordagem de diferentes representações afetivas entre mulheres lésbicas, da violência lesbofóbica, entre outros temas que são urgentes para rompermos com o silêncio em torno das lesbianidades na educação.

Entre os filmes analisados, destacamos A Garota Dinamarquesa (Direção: Tom Hooper. Roteiro: Lucinda Coxon. Produção: Working Title Films, Focus Features. Estados Unidos: Focus Features, 2015. Filme (120 min). Refletindo sobre cinema, gênero e identidade, o plano de aula referente a este filme abre possibilidades para o debate da transexualidade lésbica e do tema da disforia de gênero. Um segundo filme, trata-se do Retrato De Uma Jovem Em Chamas (Direção: Céline Sciamma. Roteiro: Céline Sciamma. Produção: Arte France Cinéma, Région Bretagne, Région Hauts-de-France. França: Haut et Court, 2019. Filme (120 min). Para esta obra, o plano de aula prevê a discussão em torno da sexualidade feminina e as normatividades de gênero.

 

Defesa Thauany

 Na imagem, da esquerda para a direita, a Profª. Danielle Tega, a licencianda

Thauany Umbelino, a Profª. Marcela Amaral e a Profª. Nayla França, ao final

da defesa do TCC na Faculdade de Ciências Sociais.

 


Lesbofobia, educação e histórias de vida

 

Maria Rosa

Maria Rosa, mestranda do PPGS/FCS.

 

Também em diálogo com a educação, Maria Rosa dos Santos Silva, mestranda do Programa de Pós-Graduação em Sociologia - PPGS/FCS/UFG, com pesquisa em andamento, sob a orientação da Profª. Marcela Amaral, tem como tema a relação entre a lesbofobia e a trajetória de formação educacional de mulheres lésbicas.

Sua pretensão é revelar como a lesbofobia impacta tais trajetórias e subjetividades das durante a formação escolar. O estudo irá analisar as dinâmicas de poder e as práticas educacionais que perpetuam a lesbofobia, por meio das historias de vida. A pesquisadora busca iluminar o que muitas vezes é invisível, mas profundamente sentido por nós, lésbicas. Através do contar-se, a pesquisa visa tornar visível as complexidades em torno da violência lesbofóbica e contribuir para uma compreensão mais profunda e inclusiva da realidade escolar.


Nós, do Ser-Tão, reafirmamos nosso compromisso em produzir conhecimento comprometido com as lutas das mulheres lésbicas, com a visibilidade e o enfrentamento da LGBTQIAPN+fobia. Que os trabalhos de Thauany, Maria Rosa e de tantas outras ativistas, pensadoras, poetas e intelectuais possam abrir caminhos para um futuro mais justo e igualitário.

Vivas! Vivas!